
Os bispos americanos estão reunidos em Assembleia Plenária e publicaram uma carta dirigida ao Papa Leão XIV em que repudiam as políticas de Donald Trump em relação aos imigrantes. Reconhecendo a necessidade de reforma das leis da imigração, os bispos rejeitam sobretudo a criação de uma “cultura de medo” no país.
Também por cá a CEP quer sensibilizar e formar as comunidades cristãs para o fenómeno migratório.
Do Vaticano chega uma decisão judicial muito importante para a questão dos abusos. A Rota Romana – o tribunal de recurso da Santa Sé – deu razão a um padre dos EUA que processou a sua ordem religiosa por ter sido incluído numa lista de religiosos “credivelmente acusados” de terem cometido abusos. Em causa está o hábito naquele país de divulgar nomes de pessoas acusadas, ainda que tenham sido absolvidas ou cujos processos não tenham decorrido ainda. O tribunal considera que se tratou de uma violação do direito ao bom nome do queixoso. Note-se que não está aqui em causa a divulgação do nome de pessoas acusadas e condenadas, mas sim de pessoas que ainda não foram condenadas, ou que foram mesmo ilibadas, incluindo em muitos casos os nomes de pessoas que já morreram e por isso não se podem defender. É mais um caso em que se cruza a transparência com o direito a um processo legal justo. O artigo do The Pillar contém os factos e uma boa análise.
Em Portugal a CEP avisa que o pagamento das compensações a vítimas de abusos sexuais na Igreja poderá sofrer alguns atrasos, mas que “é claro para todos que estamos num caminho que não voltará atrás”.
Um grupo de neonazis organizou um evento na zona da Maia, há poucos dias. O problema é que o evento decorreu num salão paroquial. O padre diz que o evento foi apresentado apenas como um concerto e a Diocese lamenta o sucedido.
É já para a semana que se realiza o “RedWeek”, uma iniciativa da fundação Ajuda à Igreja que Sofre. Estará em Portugal um padre que trabalha na Síria, para falar da situação naquele país, e vários monumentos serão iluminados de encarnado, em solidariedade com os cristãos perseguidos.
Em Moçambique há uma ordem religiosa que está a trabalhar com vítimas do terrorismo em Cabo Delgado para ajudar a ultrapassar traumas. Conheçam aqui esta obra, explicada pela irmã Aparecida.
Há pouco mais de uma semana um jovem suicidou-se em circunstâncias ainda pouco claras, mas que parecem estar ligadas ao vício pelo jogo online. Não conhecia pessoalmente o Hugo, mas tínhamos muitos amigos em comum, por isso a sua morte tocou-me mais do que se fosse apenas mais uma notícia. Eu não tenho nada, em princípio, contra os jogos de azar, mas como está neste momento, a indústria – desde casinos físicos, que são o único local onde não existem limites para levantamentos em ATM; às apostas desportivas, que desvirtuam o próprio espírito do desporto e são uma porta aberta para a corrupção; e as malditas raspadinhas que sugam as pensões a tantas das pessoas mais pobres neste país – é um autêntico cancro sem cura à vista, que espalha desgraça. Pois é este o tema do artigo desta semana do The Catholic Thing.
Vem aí mais um “Meeting de Lisboa”, organizado pelo movimento Comunhão e Libertação. É um evento que vale sempre a pena! Podem encontrar o programa completo aqui.