
O Papa Francisco continua a melhorar lentamente, mas mantém-se no hospital. É claro que qualquer melhoria é boa notícia, mas como disse recentemente numa intervenção na SIC Notícias, mesmo que ele tenha alta hospitalar, haverá um antes e um depois deste internamento no seu pontificado.
Uma das coisas que tenho assinalado é a diferença entre a comunicação do Vaticano sobre a saúde de Francisco e aquilo que se passou com a saúde de João Paulo II. Francisco tem falado muito da necessidade da transparência na Igreja, e aqui temos um exemplo de comunicação transparente. Ainda bem!
Claro que todo este episódio tem levado a um aumento do interesse e especulação sobre a eventual sucessão de Francisco, e essa está nas mãos do Colégio dos Cardeais, sendo que ele nomeou a esmagadora maioria dos actuais eleitores. Num artigo para o Expresso, apenas disponível para assinantes, eu tento analisar um pouco a lógica – ou falta dela – por detrás de algumas das nomeações que Francisco tem feito ao longo do seu pontificado, e porque é que isso nos diz muito pouco sobre quem será o próximo Papa.
Com ou sem o Papa presente, o Jubileu da Esperança continua. Publiquei esta semana o segundo episódio da série “Portadores de Esperança”. Desta vez conversei com o Pe Pedro Quintela, fundador e responsável do Vale de Acór, um centro de reabilitação. A dependência – seja de droga, de jogo ou de pornografia, entre outros – é uma autêntica prisão e os viciados parecem a encarnação do desespero. Como é que se leva a esperança a quem a perdeu? Vejam que vale a pena, e para quem prefere ouvir, fiquem atentos, que espero lançar estes episódios em formato podcast muito em breve.
Durante a minha mais recente estadia na Terra Santa visitei a Razzouk, a loja de tatuagens mais antiga do mundo. Desde 1300 que os Razzouk tatuam sobretudo peregrinos em Jerusalém e o actual patriarca da família insiste que estas tatuagens são mais que meros adornos, são “chaves para o céu”. Conheçam esta história fascinante.
Para além da saúde do Papa, esta foi também a semana em que o presidente da “terra dos livres, e casa dos corajosos” optou por abandonar os que combatem corajosamente pela liberdade da sua própria terra, dizendo depois que até podem ajudar, a troco de minerais. Seria um pouco como ver uma mulher a ser espancada por um rufia e dizer primeiro que a culpa é dela, e depois que a ajudamos desde que nos dê os anéis de ouro. Desculpem o desabafo, mas é um nojo. Pelos vistos não sou o único a pensar assim, e por isso esta semana trago-vos o artigo do meu compatriota canadiano Pe Raymond J. de Souza, no The Catholic Thing, que contrasta a filosofia de Trump e Putin com a de João Paulo II.