
O Papa nomeou uma mulher para chefiar um dicastério do Vaticano. Com um gesto simples, derrubou mais uma barreira, tornando-se claramente o homem que mais tem feito para promover a presença de mulheres em lugares de destaque em Roma.
Mas será que o gesto foi assim tão simples? Parece que não, e que o Papa, mais do que fazer uma revolução, optou por uma medida moderada que não belisca a ideia tradicional de que na Igreja há certos exercícios de autoridade que são reservados exclusivamente a clérigos. A minha análise está aqui, e espero que vos ajude a compreender um tema complexo mas real.
O Papa Francisco fez hoje o seu tradicional discurso aos diplomatas acreditados junto da Santa Sé, e pediu uma “diplomacia de esperança”, neste ano de Jubileu. Francisco pediu ainda o fim dos discursos de demonização dos imigrantes e saudou a mudança de página na Síria.
O Cardeal D. Américo Aguiar, também a propósito do Jubileu, pediu aos deputados da Assembleia da República que aprovem uma amnistia para reclusos e, na sua própria diocese, decretou o perdão de todas as dívidas individuais. O valor abrangido por esse perdão não foi divulgado, mas uma fonte disse-me que é “significativo”.
Amanhã o Parlamento vai discutir a questão do alargamento do prazo do aborto legal em Portugal. Basicamente, o PS olhou para a campanha de Kamala Harris, que assentou sobretudo na defesa do direito ao aborto, e decidiu copiar a estratégia. Esperemos que tenha igual sucesso!
O ano mal começou e já há notícia de novos raptos de religiosos na Nigéria. Desta vez foram duas freiras. Pedem-se orações pela sua libertação.
Existem actos não-morais? É legítimo, por exemplo, um director de uma empresa despedir pessoas e dizer que se tratou apenas de uma decisão empresarial? No artigo desta semana do The Catholic Thing, Randall Smith sugere que mais vale olhar para todas as questões como tendo uma dimensão moral, focando sempre as pessoas, e não apenas as instituições. Um artigo com impacto muito prático nas nossas vidas, que devem ler.
Termino com uma nota. Este mês tive de pagar a manutenção deste site. Não é nenhuma fortuna, mas recordo-vos que este serviço que presto é totalmente gratuito, e faço-o com o maior gosto. Se, porém, sentirem que gostariam de contribuir para suportar os custos que o trabalho naturalmente acarreta, incluindo obviamente o tempo, então podem fazer um donativo aqui.