Na noite de 15 de setembro de 1173 chegaram a Lisboa, num barco ladeado por dois corvos, as relíquias do mártir São Vicente. Este foi um marco deveras importante para a cidade, mas também para o nascente reino cristão que se estava a formar. Uma das cidades mais importantes do país passou a ser local de veneração dos restos mortais do grande mártir de Saragoça e, por isso mesmo, destino de peregrinação. São Vicente tornou-se padroeiro de Lisboa e as suas relíquias repousam até aos dias de hoje na Sé Patriarcal.
É no âmbito do Ano Vicentino (2023/2024) ou seja, na comemoração dos 850 anos da chegada deste grande tesouro à cidade, que surge este projeto. Trata-se de uma exposição coletiva de pintura, intitulada “Ubi amor ibi dolor” que significa, “onde há amor há dor”. E este foi o lema que pautou a vida do santo mártir que deu nome a este Mosteiro.
Homenageando a sua vida e o seu testemunho de fé, encontramos uma exposição de um grupo de artistas e amigos que têm em comum o amor pela arte. São eles: Ana Margarida Barros, Catarina Confraria, Cristina Centeno, Cristina Soares, Isabel Rebelo de Andrade, João Santa-Rita, Maria Balmori, Miguel Valle de Figueiredo, Nuno Abrunhosa e Philippa Mollet. É uma exposição composta por trabalhos de diferentes técnicas, estilos e formatos, realizados propositadamente para este projeto. Estes transportam-nos para o mundo vicentino de martírio, resiliência e glória no amor de Deus.
A inauguração será no dia 13 de setembro pelas 18h, e a exposição estará patente no Mosteiro de São Vicente de Fora até dia 26 de janeiro de 2025.